sábado, 5 de outubro de 2013

estrela estrada porta estreita





na parede muito branca
é pálida lembrança
um beijo      uma frase      manchas
que o olhar esconde e conserva

no espelho escuro e cego
(como todo espelho)         um outro rosto
assume os contornos        o rascunho
dessa infinita saudade

perguntas rondam o pescoço
nenhuma certeza socorre o afogado
e assim nascemos e morremos sem saber

que ainda somos a estrela iluminando
a estrada onde os erros se repetem
e a porta estreita que nunca se fecha




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre benvindo!