Aqui você tropeça no poeta e em suas poesias!!!Venha,veja,comente,aprecie,critique e usufrua este encontro!!
sábado, 15 de novembro de 2014
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
cálice
falo para o coração
quando me calo quando
contenho minha raiva quando
percebo o simples fato :
somos diferentes não adversários
"eu sou eu e você é você
e se nos encontrarmos será maravilhoso
e se não não há nada a fazer"
P.S.: os versos entre aspas são uma livre adaptação e tradução de trechos da belíssima Oração Gestalt de Fritz Perls.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
(dissonância desses tristes tempos)
o que sou me sussurra
dentro dos ruídos da raiva
entre os atalhos e espinhos
da minha mente inquieta
o status da minha essência :
ahimsa amor-sabedoria
(mesmo que eu ainda fale e falhe a partir
da dissonância desses tristes tempos)
sábado, 27 de setembro de 2014
marina no segundo turno
sobre a mentira
sobre a maldade
a semente sobrevive
as flores do medo
a aurora despedaça
depois da noite escura
no segundo turno
os detalhes da esperança
vão se espalhar na claridade
e colorir cada voto
e germinar em cada coração
acordado e comprometido
com a construção do sonho
sábado, 6 de setembro de 2014
uniluz
as cores da saudade
sombras sinceras
lugares da brisa
recanto do silêncio
repouso das palavras
interior
cadeiras na calçada
chimarrão ou cerveja
chá gelado
vinho quente
o aconchego das conversas
varando as madrugadas
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
morumbi
enorme torre
entorna
frequência imodulada
saudade hertziana
e banda larga de
superfícies da palavra
da solidão sólida à líquida face
viajo
entre silêncio e vozes
entre sussurro e brisa
entre chuva e tempestade
da solidão sólida
à líquida face
linguagem do coração
o sol nas folhas
pássaros dentro da luz
tudo no parque :
gestos da claridade
linguagem do coração
terça-feira, 12 de agosto de 2014
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
limiar
roer as ruas
as unhas as runas
os búzios da promessa
coletar olhares
e desenhar nos retratos
a história secreta
dos números e dos nomes
que se escondem na luz
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
arvores conversam
arvores conversam
através dos galhos
que são frases
através das folhas
que são palavras
e nos frutos
e flores
elas beijam
e sorriem
segunda-feira, 21 de julho de 2014
agônico e sensual
fenece
e renasce
de novo fenece
e rerenasce
e assim sem cessar
permanecem
dançando um tango
sensual e agônico
a vida
cruel e sedutora
e o anjo
bondoso da morte
oceano e horizonte
inverso das vozes
música do silêncio
colorindo o horizonte
onde se espelha
e se espalha
o imenso
o intenso
oceano sem palavras
deus na eternidade
cresce no final
e desafivela-se
cinto e sangue
o sonho de ser homem
deus na eternidade
sábado, 19 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
momentos
braços dados
um longo caminho
afeto comum
o pão diário
no café da manhã
mais adiante
em outro olhar
a ausência de luz
momentos diferentes
pessoas desiguais
que não se cruzam
quarta-feira, 16 de julho de 2014
aprendizado
sento e sinto
silenciosamente
o que move as palavras
o lugar escuro
onde nascem os gestos
e como convergem
(palavras e gestos)
sobre espinhos e arestas
(corpo e alma)
plasmando este aprendizado
que chamamos de doença
terça-feira, 15 de julho de 2014
eu sou aquilo que é
transbordando vozes
e visões
o tempo se move
nas espirais do silêncio
sobre si mesmo
no eixo
do
eu sou
aquilo que é
domingo, 13 de julho de 2014
vivo mosaico
as horas depositam
na pele das ideias
murmurios
ruídos
silêncios
o paladar das imagens
cheiros visíveis
amores de mentira
e de verdade
as horas se depositam
na substância da alma
e se tecem vivo mosaico
que pulsa
indefinidamente
sexta-feira, 11 de julho de 2014
concreto
outros passos
outros pássaros
acontecem
fora da janela :
porto
de primícias
pouso
de promessas
quinta-feira, 10 de julho de 2014
pensamentos arranham minha face
de todas as coisas
trago apenas folhas
ah é tão pouco esse pão
e tão secas as palavras
levo aonde for
como se não fosse nada
como se não fosse água
este amor suas asas
todas as mães que tive
as famílias impossíveis
os retratos dissipados
olho para as minhas mãos :
música suave vozes no tapete
pensamentos arranham minha face
terça-feira, 8 de julho de 2014
jogo da vida
o sono que dói
evapora
entre nuvens e sombras
a certeza de vencer
na rua
e no campo
o medo
e o cansaço
levamos o ser deixamos amor
fica de nós
somente aquilo
que foi amado
e levamos apenas
o que fizemos
com encanto e arte
e não é mais nosso
segunda-feira, 7 de julho de 2014
sábado, 5 de julho de 2014
sou o que escrevo
escrevo o que sou
sou
o que escrevo
não
finjo
não invento
apenas vejo
reflexos
retratos
reflexões
da palavra sobre o silêncio
milhares
de pedaços inteiros
poucos
versos
mínima face
história infinita
quinta-feira, 3 de julho de 2014
o sol desponta cor de rosa
as nuvens protegem
a aurora muito frágil
levíssimo traço
da chuva que se esconde
a sabiá e o padre
passam por mim
e não me olham
mas a claridade
vai vencendo a sombra
e o sol desponta
cor de rosa
canto bem claro
canto bem claro
escuro onde nasce
silêncio na rua
o inverno nas flores
esse frio que aquece
quarta-feira, 2 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
na manhã nascente a árvore silenciosa
ruídos do céu da rua e da casa
na manhã nascente
somente a árvore
é totalmente silenciosa
no sono das palavras
a primeira luz desperta
depois que se apagam
todas as outras luzes
e todas as lembranças
da vida passada
a poesia das pedras
os sabores do encontro
na manhã nascente
a árvore silenciosa
segunda-feira, 30 de junho de 2014
outra margem do rio e da saudade
tristeza de não ser
aquele que espera
a tarde cair
na outra margem
do rio
e da saudade
domingo, 29 de junho de 2014
ascendente escorpião
no lugar e na hora
a força do silêncio
nunca temer a morte
a verdadeira coragem
nasce
da total fragilidade
sábado, 28 de junho de 2014
vida e morte
cheiros não são flores
vida e morte entrelaçadas
ausência desabrochando
nos salões da alma
dentro e fora
dentro e fora
são a mesma direção
no caminho da alma
é preciso
ouvir o silêncio
junto com as palavras
quinta-feira, 26 de junho de 2014
arvore
o escorpião morde
a base da coluna
serpente de fogo
criando asas
e parindo a águia
que enfrenta o lobo
para que se liberte
da arvore merlin
e solto na minha alma
ilumine lá fora
os que estão vindo e são
artur e guinevere
contornos do céu
leve a música
sussurra do passado
solidão e adolescência
ternura do pássaro
nos contornos do céu
varandas e luares
noites perfumadas
e o começo de tudo
a imensa sensibilidade
grande haicai
as cores da manhã
desabrocham na luz e na sombra
sobre o silêncio do asfalto
e das arvores
os edifícios acordam
barulhentos
lapsos de nuvens
e nenhum vestígio
da brisa
quarta-feira, 25 de junho de 2014
entre silêncio e pássaros
entre silêncio
e pássaros sonhos
pessoas carros
passam mas só ficam
a brisa ligeira
a manhã recém-nascida
terça-feira, 24 de junho de 2014
foice adaga e meia taça
azul noturno
logo azul cobalto
vênus segura
a lua crescente foice
adaga e meia taça
distância e poesia
ainda estão acesas
as luzes e as lembranças
as janelas me olham
iluminadas
as calçadas são só minhas
e a distância
de novo vai virar poesia
domingo, 22 de junho de 2014
investigações sobre a santidade
tecendo olhares
na obscura claridade
não podemos discernir
medidas medalhas milagres
só transcendemos o que somos
quando somos além do sonho a soma
do futuro com o passado
no único tempo que é nosso :
o eterno presente
o infinito agora
essa ponte sobre o nada
caminhar ideias
caminhar ideias
e subir no silêncio
metáforas hiperboles
inteiros fragmentos
do tempo assimetrico
desnudar-se escondendo
a verdade dentro da verdade
caminhar em si mesmo
sexta-feira, 20 de junho de 2014
flores de inverno
flores de inverno
desabrocham na neblina
colorindo o cinza
o sonolento dia
e decretam o provisório
exílio do sol
quinta-feira, 19 de junho de 2014
erros luminosos
trapaças
e tropeços
o lirismo
das palavras
fere mais certeiro
erros luminosos
são os piores erros
quarta-feira, 18 de junho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
poesia e música entrelaçadas
violino e flauta
caminham no silêncio
navegam na brisa
sonham na palavra
enquanto o piano espera
enquanto o piano sussurra
passeios pomares paisagens
constelação de ilhas onde voam
onde vivem e repousam
poesia e música entrelaçadas
segunda-feira, 16 de junho de 2014
domingo, 15 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
sobre todas as buzinas e bandeiras
sombras da palavra
ruas literárias
a cada passo um poema
esquinas
faróis
conversas
e
sobre todas as buzinas e bandeiras
o silêncio
quarta-feira, 11 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
tordesilhas doentes
é sempre um traço
um terço
um taco
toscos tratados
capitanias do afeto
hereditárias
tordesilhas doentes
ilhas onde o coração
naufraga e se esconde
sem terra ou ternura à vista
segunda-feira, 9 de junho de 2014
sangue suor e silêncio
falo só do que vivo e sigo
vivendo em tudo que falo
não finjo
a dor que sinto
nem forjo
a alegria concreta
do sorriso à lágrima
da solidão ao orgasmo
dos momentos
em que sou sublime
àqueles
em que sou chato
é sempre meu sangue
meu suor
e meu silêncio
que escorrem
em cada um dos meus versos
domingo, 8 de junho de 2014
(substância noturna)
canções são feitas de luz
e silêncio mas também
cantam na sombra
as palavras
passos e pulsos
(substância noturna)
pousam na tarde
desfalecida
caminho devagar
entre estas asas
entre estas almas
que estão dormindo
todas elas
passam a viver no meu poema
lindas palavras nuas
algumas brisas
o silêncio sussurra
outras acendem
caminhos no chão feixe
de palavras nuas lindas
nove ramos oito rumos
um lugar sagrado
o tempo de ouvir
as sementes luminosas
na arvore do ser
nove ramos
oito rumos
caminhando na verdade vivamente
p.s. : nove ramos = cabala e eneagrama
oito rumos = senda óctupla do budismo
último verso = o próprio cristo(caminho verdade e vida)
azul no azul
azul no azul
o domingo sem pressa
germina sombras
cultiva o silêncio
acalma minhas feras
sábado, 7 de junho de 2014
todo caminho
todo caminho é um novelo
onde se entrelaçam
viagens
lembranças
propósito
todo caminho é sagrado
todo caminho é secreto
todo caminho é uma via-crúcis
todo caminha é um orgasmo
todo caminho caminha em cada caminhante
e o coração é a pátria
onde todos eles se desatam e se abraçam
em amorosa liberdade
autorretrato bastante honesto
melhor é o meu silêncio
ou a minha risada ?
na dúvida
prefiro circular
da ternura à teimosia
da fúria até a carícia
da disciplina à poesia
sexta-feira, 6 de junho de 2014
esta manhã
esta manhã
tem cheiro de fumaça
ruído de engrenagem
indícios de saudade
luzes dentro da janela
um brilho cinza
esta manhã
de muitos carros
poucos pássaros
novas greves
promete movimento
e nenhum silêncio
e se declara
nos seus traços
leve
inquieta
docemente áspera
aquoso e musical
a música goteja
na chuva mágica
ressoa na fonte cresce
na varanda
junto com a flauta
escolho outras escolhas
dentro do presente e do passado
e recebo
o silêncio do silêncio
nesta e em outras salas
onde o tempo se desdobra
infinitamente doce
aquoso
e musical
quinta-feira, 5 de junho de 2014
quarta-feira, 4 de junho de 2014
avatar
buzinas beijam a claridade
um desconforto que estremece
as flores pintadas na parede
o real rói as unhas
que crescem nas costas e nas crostas
dentro da carícia
totalmente abstrata
sou seu avatar e você
é a minha pandora enfim
é tudo lenda uma fábula
onde o bruxo
se apaixona pela fada
e fica
aprisionado dentro da arvore
terça-feira, 3 de junho de 2014
gratidão
nem sempre espero
luares
rede
gratidão
ando entre nomes
caçando-me
espelhos que se abrem
janelas dentro das grades
caminhos na própria face
armadilhas que adoçam
desvios
encruzilhada
atalhos
onde os sonhos tropeçam
anima mundi
a palavra me pensa
impressa
imprensa
noticias da alma
- anima mundi -
na alma dessas letras
azuis no azul completo
segunda-feira, 2 de junho de 2014
ilhas
ilhas me atravessam
lugares e lembranças
nuvens de palavra
eloquente silêncio
traduzem poesia
nos jardins
da minha alma
domingo, 1 de junho de 2014
no parque
flutuo entre vozes
lembranças luminosas
música na pele
na solidão de todos
se revelam
todos os encontros
grupoema
hoje sou simplesmente espelho
superfície de água
e tento capturar os rostos
sorrisos gestos olhares
que apenas reflito sem compartilhar
primeiro foi a lua
de um sorriso branco amigo
de suave malícia e gestos
de caminhar ao lado ternamente
adenauer
depois foi aquele menino
já tão sofrido por isso mesmo
velho
quase irmão
ou filho
de quem falamos reclamamos
discutimos criticamos ensinamos
e aprendemos tanto
naldo
e o outro tímido
esquivo
de sorriso triste
e olhar bonito
amanhecendo em poesia
de protesto e carícia
amarildo
e o escorpião venenoso doce
sempre ativo e pronto
para se ferir ferindo
tão orgulhoso frágil
tão amoroso quanto o menino
que não deixaram que ele fosse
péricles
e aquele de quem sou o oposto
pois é o sentido e a certeza
do próximo passo ser
o porto seguro que lhe falta
uma ternura justa e versos
palavras de faca para o que não é
claridade e símbolo
nestor
eis que que chega um trem
que não corre nos trilhos nem paralelo
à cidade e à selva invade
territórios florestas ruas casas
e transforma a vida
em sentimento vivo quase
um deus menino
nilo
ela é como uma casa
se arrumando como um convite
dito com os olhos sorrindo
com outras palavras
meiga mãe pantera
meiry
dirão com que fosse o outro aquele ausente
sério de muitas línguas pintor
de vozes silêncios enigma imagens
e pulsações novas da palavra
em coração aberto mas escondido
paulo
ele é o que o momento traz
à praia dos seus gestos diferente
de sempre e igual
ao que vai ser ontem ou tendo sido
amanhã não pode deixar de ser
valente júnior
e quem me foi apresentada antes
de ver quão frágil é
seu rosto sob o sorriso e a pulsão
do seu sexo disposto a dominar e ferir
para não ser mais sacrificada no plural
suely
e hoje onde estou
aqui longe daqueles tão perto
que escreveram seus nomes em mim
no meu corpo
exceto um poema triste
que fizemos nem sabíamos
e vinha assinado saudade
como então reencontrá-los
se foi em mim que se perderam
e nunca estarão mortos
nesse amor com que os tenho
e por onde escapam
da minha mão carinhosa
salvador,1985
sábado, 31 de maio de 2014
caminho do bodhisattva
um longo silêncio
entre as duas distâncias
sombras sobre as palavras
nuvens nos olhares
uma estrela
secando as lágrimas
colhendo lembranças boas
acolhendo do abraço
a proximidade do afeto
e o desejo purificado
sexta-feira, 30 de maio de 2014
semente morta
as duas faces
do esquecimento:
em natal
e no rio de janeiro
aliás onde esteve
a penúltima miragem
a terceira face
atravessa minha própria face
e muda de fase
somente nua
somente lua
semente morta
elixir do esquecimento
arrancar das lembranças
tudo que não é
sal
doçura
consistência
e deixar no passado
fluidez
e
neblina
nas várias dosagens
do elixir do esquecimento
sábado, 17 de maio de 2014
jardins de espanto dentro do tédio
as mesmas folhas
as mesmas sombras
outros esconderijos
que desvelam os olhares :
jardins de espanto
dentro do tédio
quinta-feira, 8 de maio de 2014
momentos
daqueles que fincaram
futuro e passado
alguns são invisíveis
outros impalpáveis
e todos voaram
mas a poesia permanece
conversas sem brilho
no todo azul
palavras não secaram
mas caem murchas
na saudade bem clara
as conversas sem brilho
abraço da palavra
carros que não correm
murcham a cidade
canções que descem luminosas
distorções escuras que sobem
escolho outros silêncios
e a palavra me abraça
segunda-feira, 5 de maio de 2014
odaraodessa
v e r a c i d a d e
v e r s e i d a d e
v e r s a v i c e
v e r s i n h o
v e r s ã o
d a v e r da d e é
m e (n) t i r a
d e ss a
o d a r a
o d e s s a
HaiKais do Yuri e minha tanka arvore
Primeiros Haikais
Flutuamos
Tropecei em ti
Igualmente, tu em mim.
Nós não caímos.
Lara
Eu, burra razão.
Tu, puro sentimento:
Ensina amor.
Cogito ergo sum
Sinápses geram,
De dentro para fora,
Ilusões mentais.
Yuri Zebral
................................................................................................
tanka arvore
recolher faces
dentro da própria face
galhos divergem
mas na luz da arvore
espelham seus trajetos
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